O jogador Neymar, seus pais, o presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, o antecessor no cargo, Sandro Rosell, além do clube brasileiro Santos irão a julgamento por fraude e corrupção. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (04), pelo juiz José de la Mata, da Audiência Nacional de Madrid.
Na decisão, juiz determinou uma fiança conjunta e solidária no valor de 3,4 milhões de euros (R$ 11,8 milhões), sob a justificativa de responsabilidade pecuniária, a Bartomeu, Rosell, Barcelona, Santos, e ao ex-presidente do clube brasileiro Odílio Rodrigues Filho. Esse valor é igual ao que o clube catalão teria que pagar a mais para o fundo DIS, que tinha 40% dos direitos econômicos de Neymar.
O processo investiga uma suposta irregularidades contratos de transferência do atacante do Santos ao Barcelona. O acordo feito com a empresa impedia que o Neymar fizesse negócios com outros clubes. A operação foi denunciada pelo fundo de investimentos e o atleta foi investigado tanto na Espanha como no Brasil.
De acordo com o Estadão, o DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros (R$ 23,6 milhões) dos 17,1 milhões de euros (59,4 milhões) destinados ao Santos, considera que Neymar e o Barça se aliaram para ocultar o valor real da transferência.
- Foto: DivulgaçãoNeymar
A investigação aberta pela Promotoria da Audiência Nacional apresentou uma acusação contra todos os envolvidos, com exceção de Bartomeu, por não ter indícios de irregularidades contra ele.
O ex-presidente do Barça é acusado de cometer crimes de corrupção e ter fraudado os valores da contratação de Neymar, o que acabou reduzindo o valor que a DIS deveria receber. Por sua vez, a Justiça pede dois anos de prisão para o pai do Neymar e um para a mãe do jogador. Além disso, ambos terão que pagar uma multa de 10 milhões de euros cada.
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