Mesmo sendo notificada mais de 48 horas antes do início da partida, a Polícia Militar não compareceu ao Estádio Helvídio Nunes para fazer a segurança do evento. O fato deixou torcedores e dirigentes da Sociedade Esportiva de Picos indignados.
Com os dois times em campo e parte das arquibancadas e da geral lotadas de torcedores, o árbitro José Valmir resolveu esperar por uma hora a chegada dos policiais ao estádio, como eles não vieram, decidiu suspender a partida alegando falta de segurança.
Enquanto os dois times e o trio de arbitragem continuavam em campo, o presidente da Sep Teleco tentou entrar em contato com o comandante do 4º BPM, Major Sousa Filho, para que o mesmo enviasse o policiamento para o estádio, no entanto, não obteve êxito em sua solicitação.
Presente ao estádio, o secretário municipal de Comunicação de Picos, Brás Rufino da Costa, mandou contratar seis seguranças particulares pertencentes ao Grupo Águia para que a partida fosse iniciada, no entanto, o árbitro José Valmir não acatou a proposta e comunicou ao representante da Federação de Futebol do Piauí que o jogo estava suspenso por falta de segurança no estádio.
O treinador da Sociedade Esportiva de Picos, Ferrim Cearense, lamentou o episódio e disse que esse tipo de incidente tem atrapalhado bastante a sua equipe, que dentro de campo tem feito a sua parte. “Estamos sendo prejudicados justamente pelas pessoas que mais deviam nos ajudar. É triste, mas uma realidade”, frisou.
O presidente da Sociedade Esportiva de Picos, Teleco, com uma cópia do ofício em mãos, garantiu que foi feita ao comando do 4º BPM a solicitação do envio de policiais ao estádio, porém, não soube explicar o que aconteceu para que eles não viessem. “O documento foi recebido no dia 8 de julho às 15h30 pela soldado Socorro. Hoje é dia 10”, lamentou.
Torcedores protestam
A ausência dos policiais militares no estádio para dar segurança ao jogo causou revolta entre os torcedores. Titico, morador do bairro Boa Vista culpou o comandante do 4º BPM, major Sousa Filho, pelo incidente e desabafou: “Ele só pensa em apreender motos. Na hora do lazer, que já é raro em Picos, ele não manda o policiamento. O ofício foi enviado sexta-feira para o quartel, o jogo era para começar às 5 horas da tarde, já são mais de 6 horas e não tem segurança. Essa Polícia só pensa em apreender motos”, alfinetou.
Depois de 30 minutos da hora prevista para o início do jogo, o clima ficou tenso nas arquibancadas e os torcedores começaram a vaiar e xingar o presidente da Sociedade Esportiva de Picos Teleco, que corria de um lado para o outro com a cópia do ofício enviado para o 4º BPM justificando que não tinha culpa se a polícia resolveu não aparecer.
Com a suspensão da partida os torcedores se aglomeraram em redor das portarias e começaram a cobrar a devolução do dinheiro. Na geral, teve início um princípio de tumulto já que estavam sendo devolvidos não o dinheiro, mas outro ingresso válido para a próxima partida da Sep. Os ânimos somente se acalmaram com a chegada de uma patrulha da Polícia Militar e a devolução do dinheiro.
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