O lateral direito da Seleção Brasileira, Yan Couto, revelou que a CBF recomendou que ele não jogasse com o cabelo pintado de rosa. A declaração gerou polêmica nas redes sociais, com torcedores criticando o veto da confederação.

Durante uma entrevista ao UOL, Yan afirmou que pediram para ele tirar a coloração de seu cabelo. No entanto, ele não especificou se foi uma solicitação da entidade ou de algum membro específico. “Foi um pedido, basicamente. Falaram que o rosa é meio 'vacilão' assim. Eu não acho, mas vou respeitar, né. Me pediram, vou fazer”, contou.

Ele tinha adotado o visual durante as eliminatórias em outubro de 2023 e usou o cabelo rosa também nos amistosos em março deste ano. Já no jogo contra o México, no último sábado (09), ele se apresentou com o cabelo cortado rente à cabeça, sem a cor rosa.

Depois da polêmica, a CBF emitiu uma nota afirmando que tem compromisso com a pluralidade e o direito à autoexpressão. O comunicado destacou que os atletas convocados são livres sobre aparência, orientação sexual e expressão de gênero.

Confira a nota da CBF na íntegra

A CBF reafirma seu compromisso com a liberdade, a pluralidade, o direito à autoexpressão e livre construção da personalidade de cada indivíduo que trabalhe na entidade ou defenda a Seleção Brasileira. Para a entidade, o desempenho do colaborador fala por si só.

O compromisso da CBF é com o bom futebol e as melhores práticas de gestão. Cada colaborador ou atleta deve ter autonomia sobre sua própria aparência, credo, orientação sexual, expressão de gênero.

Desde o início da atual gestão, a CBF tem como uma das prioridades a luta contra o racismo e qualquer tipo de preconceito no futebol. A entidade é parceira do Observatório da Discriminação Racial no Futebol e do coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, e está sempre aberta a novas iniciativas para que o futebol brasileiro se torne um espaço mais inclusivo e livre de preconceitos.