O Botafogo enviou um ofício ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva ( STJD ) nessa quarta-feira (06). O clube demonstrou insatisfação em relação à arbitragem brasileira e pediu providências ao tribunal.

Além disso, John Textor, dono da SAF do Botafogo, não descarta acionar a Justiça Comum. O documento foi enviado ao presidente do STJD, José Perdiz, e ao procurador-geral do órgão, Ronaldo Piacente.

Segundo o clube, o relatório é feito por uma empresa especializada em análise de avaliação de manipulação de jogos. O documento também sugeriu medidas para a melhora da arbitragem no Brasil, como a regulamentação da profissão de árbitro de futebol profissional e a criação de ranking de árbitros baseados nos erros cometidos ao longo do campeonato.

O clube liderou o Campeonato Brasileiro até a 34ª rodada, quando foi ultrapassado pelo Palmeiras, que venceu o torneio. Para Textor, a arbitragem foi fundamental para a derrota da equipe. “O Botafogo reforça que envidará os maiores esforços no sentido de apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro, inclusive, acionando a Justiça Comum, após esgotadas as instâncias da Justiça Desportiva”, concluiu a nota oficial do clube.

Confira a nota completa do Botafogo:

O Botafogo enviou, nesta quarta-feira (6), um ofício ao Presidente do STJD, José Perdiz, e ao Procurador-Geral do STJD, Ronaldo Piacente, solicitando que sejam tomadas providências com base em relatórios independentes emitidos por uma respeitada empresa de análise orientada para a tecnologia que prepara rotineiramente avaliações de árbitros e manipulação de jogos, relatórios para órgãos do futebol e como testemunha especializada em questões perante os tribunais. O ofício é apoiado por uma análise completa da conduta dos árbitros e participantes das partidas em vários jogos impactantes da Série A de 2023.

O Botafogo também sugeriu a intervenção do Tribunal para a elaboração de propostas e a adoção de medidas efetivas voltadas à melhoria e ao desenvolvimento da arbitragem e do futebol nacional:

1 - Regulamentação da profissão de árbitro de futebol profissional;
2 - Independência institucional entre a entidade que regula a arbitragem de futebol profissional e a entidade organizadora da respectiva competição;
3 - O acompanhamento técnico-científico dos lances e indicadores das partidas de futebol profissional masculino, com a contratação de empresas de auditoria independente, especializadas na análise de dados desportivos;
4 - Criação de ranking de árbitros baseados nos erros cometidos ao longo do campeonato e, com base neste ranking, a adoção de critérios de promoção e rebaixamento para árbitros;
5 - Transparência na escalação de árbitros para partidas de futebol profissional; além de outras medidas que venham a ser indicadas.

O Botafogo reforça que envidará os maiores esforços no sentido de apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro, inclusive acionando a Justiça Comum, após esgotadas as instâncias da Justiça Desportiva.