O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) moveu uma ação nesta sexta-feira (22), contra o SBT por “danos morais coletivos” e pede multa de R$ 10 milhões. O processo considera os casos ocorridos em junho com Maisa Silva, no Programa Silvio Santos, em abril de 2016 e com a assistente de palco Milene Pavorô, no Programa do Ratinho.
No constrangimento envolvendo Maisa, Silvio Santos insistiu em um namoro entre ela e Dudu Camargo. Depois, Silvio Santos promoveu um novo encontro entre os jovens durante a gravação do programa, e Maisa saiu do estúdio chorando.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, Maisa “sofreu grande constrangimento diante da violação de sua privacidade, intimidade e honra, caracterizando lesão aos direitos da personalidade, mediante abuso do poder hierárquico e discriminação do gênero feminino pela forma de tratamento dispensada às profissionais”.
- Foto: Reprodução/SBTMaisa Silva durante o programa Silvio Santos
De acordo com informações do Estadão, o caso de Maisa ocorreu enquanto o Ministério negociava um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o SBT referente a um “episódio de agressão física e humilhação sofrido pela assistente de palco Milene Pavorô”, do Programa do Ratinho.
O apresentador Ratinho chutou uma caixa de papelão em que Milene estava. O golpe teria atingido a região da nuca, ao que ela “deu um grito e caiu sentada no chão, visivelmente assustada e possivelmente machucada”, menciona nota do processo.
Na época, o apresentador Ratinho se pronunciou sobre o caso e afirmou respeitar o elenco do programa, que é de entretenimento e espelhado em um circo. Segundo o MPT, o SBT recursou-se a assinar o TAC, alegando que o episódio foi uma “encenação” produzida pelo programa, que tem conteúdo humorístico.
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