Em entrevista ao canal das Forças Armadas britânicas Forces TV, o príncipe Harry, de 32 anos, falou abertamente sobre o sofrimento pelo qual passou depois da morte de sua mãe, Diana. O programa foi ao ar nesta quarta-feira (21), na Inglaterra.
Em conversa com seu amigo, o medalhista paralímpico Dave Henson, Harry disse que teve ataques de pânico, mas, na época, decidiu esconder seus sentimentos.
“Todas as vezes em que eu estava em uma sala rodeado de pessoas, vestido de terno e gravata, o que acontece frequentemente, eu ficava suando e com o coração batendo forte, literalmente como uma máquina de lavar roupas. Eu ficava tipo, ‘ai meu Deus, tire-me daqui agora’. Mas pensava: ‘Oh, espere aí, eu não posso sair daqui, eu tenho que apenas esconder isso”, disse Harry.
- Foto: veja.com/AP
Príncipe Harry e sua mãe, Lady Diana
Somente aos 28 anos, ele decidiu procurar ajuda depois do que ele descreveu como “dois anos de caos total”, em que começou a sofrer ataques de pânico durante os compromissos reais, quando finalmente procurou ajuda profissional para lidar com algumas questões psicológicas.
Nos últimos meses, o príncipe tem focado em ajudar publicamente outras pessoas a combater doenças de saúde mental, falando abertamente sobre o assunto, ao lado de seu irmão, o príncipe Willian, o segundo na linha de sucessão, e a cunhada, Kate Middleton.
De acordo com a Veja, príncipe revelou que sua ida ao Afeganistão, quando fazia parte das Forças Armadas Britânicas, foi o “gatilho” que o forçou finalmente a lidar com a morte de sua mãe, que completa 20 anos em agosto.
“Se você perde sua mãe aos 12 anos, você tem que lidar com isso. A ideia de que 20 anos depois… 15, 17 anos depois, eu ainda não tinha lidado com isso… O Afeganistão foi o momento em que eu disse, ‘certo, lide com isso’”.
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