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Eleições 2022

PF avalia defender teste de urna igual ao proposto por militares

Corporação vê como prudente a sugestão da Defesa para que eleitores participem de contraprova nas seções.

A Polícia Federal discute apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proposta de realização de um teste de segurança nas urnas eletrônicas em seções eleitorais no dia da votação. A ideia já é defendida pelas Forças Armadas. Internamente, policiais veem como prudente a sugestão dos militares de mudança na testagem que é tradicionalmente adotada pela Corte eleitoral.

Atualmente, as urnas são sorteadas e levadas a tribunais regionais para o chamado teste de integridade no dia da votação. O Ministério da Defesa quer que isso seja feito na própria seção eleitoral, com a participação de eleitores.


Peritos da PF começaram a analisar nesta segunda-feira, 23, o código-fonte da urna eletrônica em um ambiente controlado do TSE. A verificação vai se estender até a próxima sexta-feira. A mesma inspeção já foi feita pelos militares. A análise ocorre na mesma semana em que o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, receberá, em seu gabinete, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O general vai ao tribunal hoje, para um encontro com o ministro, na tentativa de reverter a crise entre Corte e militares.

A pauta do encontro é tratada com reserva pelo gabinete de Moraes, mas assessores disseram acreditar que a primeira reunião entre o representante da Justiça Eleitoral e o ministro sirva para reduzir a tensão da relação com as Forças Armadas durante a gestão de Edson Fachin no comando do TSE, além de recuperar o diálogo que se esvaziou nos últimos meses.

Depois de receber o titular da Defesa, Moraes terá uma segunda reunião com o diretor-geral da Polícia Federal, Marcio Nunes de Oliveira, e com o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Caio Rodrigo Pelim, também em seu gabinete.

Em junho, a PF criou um grupo de trabalho para tratar exclusivamente de ações de fiscalização e auditoria do sistema de votação, com delegados e peritos da Diretoria de Inteligência Policial, área conhecida por lidar com casos de alta complexidade. O núcleo, instituído por portaria do diretor-geral da corporação, assumiu atribuições que até então cabiam a áreas distintas, como as divisões de Crimes Cibernéticos e de Crimes Eleitorais.

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