Com a possibilidade de filiação do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao PP, partido liderado nacionalmente pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, os dirigentes da sigla fizeram uma exigência ao ex-senador para que ele não cedesse o comando do partido nos estados ao chefe do executivo. A informação foi veiculada nesta segunda-feira (04), pelo colunista do Metrópoles, Igor Gadelha.
Segundo o colunista, os presidentes estaduais do partido avisaram ao ministro Ciro Nogueira que somente aceitariam a filiação de Bolsonaro, caso o presidente não tente intervir nos diretórios estaduais.
Esse temor dos dirigentes ocorre devido a possibilidade de que Bolsonaro passe o comando de alguns estados para aliados bolsonaristas, como aconteceu no PSL, partido pelo qual o ex-capitão do Exército ganhou a disputa da presidência da República, no 2º turno de 2018, contra o petista Fernando Haddad (PT).
O Progressistas é hoje uma das principais bases do governo Bolsonaro, além do ministro da Casa Civil, também são do partido o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Além disso, Bolsonaro já foi filiado por mais de dez anos à legenda. Apesar disso, alguns diretórios estaduais são resistentes à entrada de Bolsonaro e inclusive devem apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, o maior adversário da reeleição do atual presidente.
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