Enquanto o Congresso não decide sobre o adiamento das eleições 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discute alternativas para a realização da votação em meio à pandemia do novo coronavírus. Entre as opções levantadas durante reunião entre integrantes da Corte, políticos e médicos, na terça-feira, 16, está a suspenção do uso da biometria para identificar os eleitores e a distribuição de cartilhas para explicar a eleitores e mesários como aplicar o isolamento nas votações.
Durante o encontro, foi levantada a hipótese de fazer a eleição em dois dias, para evitar a aglomeração de pessoas. Segundo o presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, isso causaria um custo extra de R$ 180 milhões para a Justiça Eleitoral — o dinheiro pagaria a alimentação de mesários e a atuação de militares para garantir a segurança das urnas nos locais de votação de um dia para outro, por exemplo.
De acordo com Barroso, o ideal é que o Legislativo decida sobre o adiamento das eleições até 30 de junho para que o calendário eleitoral seja ajustado. Por enquanto, a votação está mantida para 4 de outubro. Como a data da eleição está escrita na Constituição, é preciso que o Congresso aprove uma PEC.
Presente ao encontro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que uma decisão deste porte precisa ser tomada em conjunto. "Ouvir a medicina e profissionais de saúde é fundamental", disse, em referência aos médicos e pesquisadores que participaram da reunião virtual, como David Uip, Roberto Kraenkel, Paulo Lotufo, Gonzalo Vecina e Atila Iamarino.
Outro tema debatido entre os presentes foi a ampliação do tempo de campanha eleitoral na TV neste ano. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se trata de uma “boa ideia”. Segundo ele, a votação de uma PEC para mudar a data da eleição deve começar em até duas semanas. “É preciso uma solução rápida em relação a esse tema”.
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