Candidato à Presidência da República pelo Podemos e senador pelo Paraná, Alvaro Dias, afirmou nesta quarta-feira, 19, que uma eventual disputa de segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) é o pior cenário possível para o desenvolvimento do País. "Espero que o Brasil acorde, abra os olhos para esta situação", disse o candidato a jornalistas, após ser sabatinado no Fórum Páginas Amarelas, realizado pela revista "Veja".
Em sua avaliação, o próximo mandatário precisa reunir qualidades que não são verificadas em nenhum dos dois nomes. "O presidente tem que ser 50% gestão e 50% comunicação. Tenho como meu vice-presidente o economista Paulo Rabello de Castro, que poderá cuidar na parte da gestão, enquanto eu me foco na comunicação com entidades, associações, sindicatos, com a sociedade em geral", disse, em resposta sobre a implementação de uma agenda de reformas macroeconômicas.
- Foto: Renato Costa/FramePhoto/Estadão ConteúdoPresidenciável Alvaro Dias
Ao final da sabatina, Dias fez uma análise individual de cada candidato. "Torço para que Bolsonaro se recupere muito bem do ocorrido (facada na barriga no dia 6 de setembro) e que curta as praias do Rio de Janeiro, mas governar o Brasil é para gente competente", disse.
Já em relação a Haddad, Dias avalia que ele é o "porta-voz da tragédia que está se desenhando". Sobre Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-governador do Paraná disse que ele representa a "manutenção do sistema liderando uma arca de Noé que só pode afundar o Brasil".
Ainda em relação a adversários, Dias declarou que falta a Marina Silva (Rede) a força necessária para encarar os problemas que devem ser endereçados pelo próximo presidente e que Henrique Meirelles (MDB) "ficou devendo muito e é um dos artífices do paraíso dos bancos ao Brasil".
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, recebeu a crítica menos contundente de Dias. "Ele já disputou duas eleições, teve duas oportunidades e agora vive a terceira, deveria me apoiar nessa", completou.
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