Nesta quarta-feira (18) o deputado federal Marcelo Castro (MDB) negou que articulou com o governador Wellington Dias (PT) para conseguir a vaga ao Senado e tirar de Themístocles Filho a oportunidade de ser vice. Ele ainda disse que não há qualquer atrito com o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí. “Da minha parte não”, afirmou.
O Partido dos Trabalhadores estava querendo ir para a disputa proporcional, para deputado estadual e federal, em chapa pura. De forma bastante estratégica, sabendo da preocupação dos partidos aliados na eleição dos seus candidatos, o governador então propôs que o “chapão”, com todos os partidos aliados, só aconteceria se Regina Sousa (PT) fosse a vice e colocando Marcelo Castro como candidato ao Senado. Com o "chapão" os partidos vão poder eleger mais deputados.
Wellington e Marcelo chegaram a se encontrar na última segunda-feira (16) para tratar sobre o assunto. O nome do deputado federal agrada os petistas, já que ele tem sido um forte aliado a nível estadual e nacional, diferente do nome de Themístocles que não é bem visto pelos petistas. O parlamentar negou que tenha trabalhado para conseguir a indicação ao Senado e afirmou que sua atuação foi para conseguir a coligação na disputa proporcional.
- Foto: Lucas Dias/GP1Marcelo Castro e Themístocles Filho
“Quem disse não prova. Quem disse não está falando a verdade. O que eu sempre fiz foi defender o meu partido como presidente do MDB. O que é que eu tenho dito sempre, é que em primeiro lugar, está a chapa proporcional e as razões são óbvias. O MDB não se preparou para disputar eleição em chapa própria, em chapa pura, se preparou para disputar coligado, porque matematicamente à legislação eleitoral favorece as grandes coligações”, defendeu.
Marcelo ainda voltou a defender Wellington, explicando que não foi dada uma “rasteira” em Themístocles e que ele cumpriu com a sua palavra de que o partido iria fazer parte da chapa majoritária. “Não [foi uma rasteira], porque se você pegar todas as entrevistas do governador, todas as manifestações dele em público, todas as manifestações em privado, em que eu estive presente, o governador sempre foi categórico, o MDB participará da chapa majoritária. Nós vamos discutir com o partido a proposta que o governador nos fez e esperamos que o partido aceite”, afirmou.
A briga pela vaga de vice é porque, se for reeleito, Wellington deve sair do cargo para disputar o Senado nas eleições de 2020. Dessa forma o vice assume o comando do Governo do Piauí. Para o Partido dos Trabalhadores é importante continuar no governo e isso só seria possível se um petista ficasse na vice. Entre o PT e o MDB existem muitos atritos a nível nacional, o que gera uma falta de confiança para a executiva nacional, o que também afetou a decisão do governador. Enquanto isso, o medo de deputados emedebistas de não conseguirem se reeleger sem o “chapão”, poderá fazer eles aceitarem a proposta.
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