Andressa Martins
Na tarde desta segunda-feira (7), o pré-candidato ao Governo do Estado pela oposição, deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) falou sobre o empenho do prefeito de Teresina Firmino Filho em sua corrida ao Karnak. A entrevista foi concedida ao programa Bancada do Piauí, da TV Antena 10.
O pré-candidato foi questionado sobre o apoio do correligionário Firmino Filho, uma das maiores lideranças da sigla, mas que na disputa proporcional marcha no lado contrário da chapa de Luciano, com a esposa, Lucy Soares e o sobrinho, Firmino Paulo, pré-candidatos a deputado estadual pelo Progressistas.
“Nós temos andado e andado bastante no interior do estado e aqui em Teresina. Nós temos que ter a compreensão que o quadro político e as circunstâncias às vezes impõem limitações para cada um”, disse o pré-candidato. “Cada um ajuda, contribui como pode e como quer. Cada um tem o seu momento e nós não estamos ainda no período eleitoral, a campanha só inicia em agosto e o objetivo principal desse momento é estabelecer esse diálogo com a população”, continuou Luciano.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Luciano Nunes
Interiorização do PSDB
Luciano foi confrontado sobre a estratégia de interiorização do PSDB, tendo em vista que o partido não tem grande força no interior do estado e não conseguiu emplacar nenhum governador nos últimos anos. Nunes, no entanto, disse que essa ideia de fraqueza no interior se dá devido à força da sigla na capital.
“Essa questão de interiorização do PSDB, criou-se esse discurso porque o PSDB tem uma força muito grande na capital. Não existe no interior nenhum partido hegemônico. Nós temos 35 partidos no Brasil. O quadro partidário pulverizou demais e você vê hoje que todos os partidos têm presença no interior. Então, naturalmente, quem tem um projeto estadual, de chegar ao Governo do Estado, tem que compor com outros políticos e partidos”, disse.
Apoio de prefeitos
O deputado estadual, que está viajando pelos municípios do estado em sua pré-campanha, afirmou que vem sendo bem recebido por onde anda. Até o momento, a chapa de Luciano conta com o apoio do Democratas e do PSB, com o deputado Robert Rios Magalhães e o ex-governador Wilson Martins como pré-candidatos ao Senado.
“A receptividade por onde temos andado tem sido extraordinária, isso só aumenta a cada dia meu sentimento de seguir em frente. Temos muitas manifestações de prefeitos, mas de lideranças e populares, que é o que mais importa. As pessoas realmente clamam por uma mudança de postura”, contou.
Elmano Férrer
O senador Elmano Férrer (Podemos) e Luciano Nunes se reuniram no último fim de semana para conversar sobre a pré-candidatura de Elmano como uma terceira via nas eleições estaduais deste ano. Questionado se a pré-candidatura de Elmano seria apenas uma estratégia, Nunes afirmou que acredita que o ex-petebista saia mesmo candidato.
“Eu acredito que sim. Ele tem colocado com muita firmeza esse desejo de ser [candidato]”, disse. “O diálogo foi no sentido de ele afirmando sua pré-candidatura ao governo e eu a minha, cada na sua estratégia. A meu ver é que os pré-candidatos da oposição, por estarem no mesmo campo, mantenham esse bom diálogo”, continuou.
João Vicente Claudino
Luciano diz não usar o nome do ex-senador João Vicente Claudino como pré-candidato porque o petebista nunca colocou seu nome na disputa, além do fato do PTB ser um partido da base governista.
“Tenho o maior respeito e admiração pelo João Vicente, no entanto, até hoje, porque não cito ele como pré-candidato? Porque até hoje ele não se colocou efetivamente como pré-candidato e ele está em um partido, o PTB, que é da base do governo e os deputados que são da base afirmam diariamente que o candidato deles é o governador Wellington Dias”, afirmou.
Tribunal de Contas do Estado
Durante a entrevista Luciano foi questionado sobre os rumores de que ele assumiria o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no lugar de seu pai, Conselheiro Luciano Nunes, caso não ganhasse as eleições em outubro. Nunes foi enfático em dizer que a informação não pode “ser levada a sério”.
“Essa é uma elucubração que não dá nem para você levar a sério. Para você disputar alguma coisa primeiro você tem que ter a vaga. Não existe vaga, como é que você vai falar disso?”, disse.
Enxugar a máquina
O deputado estadual frisou a importância de enxugar a máquina para garantir o cumprimento das demandas do estado. O tucano citou os gastos do Governo do Estado com cargos comissionados, aluguel de imóveis, veículos, pagamentos de diárias e outros custos devido a quantidade de secretarias e coordenadorias.
“Nós temos no Piauí 69 secretarias ou coordenações. Isso é um recorde mundial. O Governo Federal para governar todo o país tem 35 ministérios. Aqui no Piauí nós nos damos ao luxo de ter um modelo administrativo, um conceito de gestão que tem 69 secretários”, disse.
Serra da Capivara
O deputado também comentou sobre as dificuldades financeiras que estão sendo enfrentadas pelo Parque Nacional Serra da Capivara, que segundo ele, está há cinco meses sem receber incentivos do Governo Federal e estadual e a professora Niede Guidon estava “bancando do próprio bolso” os custos do parque.
“Nós tivemos uma visita a professora Niede Guidon e ela nos deu a triste notícia de que está dando o aviso prévio para os 180 funcionários da fundação que fazem a manutenção do Parque Nacional da Serra da Capivara. Nesses cinco meses ela não recebeu nenhum centavo nem do Governo Federal nem do Governo do Estado”, disse.
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