O presidente estadual do MDB, o deputado federal Marcelo Castro, afirmou que o partido Progressitas precisa ser realista em relação a disputa pela vaga de vice na chapa majoritária de Wellington Dias (PT). A declaração ocorreu nesta sexta-feira (23) no evento de filiação dos deputados Liziê Coelho e Ismar Marques ao MDB.
Apesar de afirmarem que são um grupo unido, há uma briga entre o Progressistas e MDB pela vaga de vice na chapa de Wellington. O Progressistas já possui a vaga de senador, com Ciro Nogueira, mas ainda quer continuar com o cargo de vice, que atualmente é ocupado por Margarete Coelho. Já Themístocles Filho foi o escolhido pelos emedebistas para ser o vice. O fato dos progressistas quererem duas vagas na chapa majoritária é o que tem causado atritos entre os aliados do governador.
Marcelo Castro defendeu que os partidos com mais força política devem ocupar as vagas na chapa majoritária, mas cada um teria direito a apenas uma vaga, diferente do que tem sido defendido pelos progressistas. “Nós temos muitos partidos do lado do Wellington Dias, então, relativamente, tem muitos partidos para poucas vagas. Ora, se são muitos partidos para poucas vagas, me parece que não é lógico, não é razoável, não é racional que um partido só ocupe duas vagas, porque não sobra nada para os outros. Então o que a gente defende, que cada uma dessas vagas seja ocupada por um partido. Então, o PT indica o governador e depois não indica mais nada. O PP indica o senador, e depois mais nada. Aí qual o partido que vem em seguida, sem querer desmerecer nenhum outro, é o MDB. Então acho que está na hora do MDB indicar um cargo, o que é que sobra? Sobra o cargo de vice e o outro de senador, então o partido reivindica o cargo de vice”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Marcelo Castro filia novos membros do MDB
Questionado se o Progressistas estava querendo demais ao pedir duas vagas, o parlamentar destacou que é preciso ser realista com atual situação da chapa e que os demais partidos se sentiriam desprestigiados se uma legenda conseguisse dois cargos na chapa majoritária.
“Não é [que o Progressistas esteja] querendo demais. É a gente se adaptar a realidade que estamos vivendo. Quando o PP teve direito a duas vagas, é porque foi em 2014 que tinha relativamente muita vaga para pouco partido. Agora a realidade mudou. São muitos partidos para poucas vagas, então se você contemplar cada partido com uma vaga, você só contempla quatro, ainda vão ficar uns 10 partidos sem participar da chapa majoritária. Se você pegar dessas quatro vagazinhas que tem e der duas para um partido só, os outros vão se sentir isolados, desprestigiados. Que história é essa? Só são quatro vagas e dão logo duas só para um partido? Por mais importante que seja esse partido, eu acho que o mais lógico, o mais racional, é cada partido ficar com uma vaga só", defendeu.
A escolha do vice é estratégica, principalmente porque, se for eleito, provavelmente Wellington não ficará até o final no cargo, podendo concorrer novamente ao Senado, dessa forma o vice assumiria o governo. O deputado afirmou que a história política do partido dá o direito de conseguir a vaga.
"O MDB é um partido forte, pujante, tem seis deputados estaduais, tem um deputado federal e um suplente com 80 mil votos, tem um senador da República, mais de duas dezenas de prefeitos, então o partido tem história, tem tradição, tem nome, tem tudo. Então o que nós defendemos? É que o MDB vá participar da chapa majoritária do Wellington Dias. Nós já explicitamos isso, de maneira clara e transparente, nós queremos a vaga de vice. É essa a nossa luta", finalizou.
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