Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revelou que a expansão dos benefícios do Bolsa Família nos últimos anos desencorajou a busca por emprego. Os dados foram divulgados no dia 26 de agosto.
A pesquisa ressalta a importância desse tipo de programa, mas pondera que é justamente a amplitude do benefício que faz os assistidos entenderem ser mais compensatório continuar recebendo os valores pagos pelo governo.
“Um dos maiores determinantes da oferta de trabalho são os programas sociais. Esses programas fornecem o apoio necessário para que as pessoas superem alguns obstáculos, como a falta de qualificação ou recursos para buscar emprego, mas também podem desincentivar a busca ativa por trabalho, especialmente quando os benefícios da assistência superam os do emprego remunerado”, diz trecho do estudo.
Regiões Norte e Nordeste
Segundo a pesquisa, mulheres, jovens e trabalhadores de baixa qualificação, principalmente das regiões Norte e Nordeste do Brasil, são os mais suscetíveis a essa influência do programa social do Governo Federal.
“Essa tendência sugere que as políticas e instrumentos avaliados impactam de maneira desproporcional essas categorias, que podem ser mais sensíveis às mudanças nas condições econômicas e nos incentivos oferecidos por programas sociais”, consta no estudo da FGV.
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