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Economia e Negócios

Preço de remédios no Brasil pode subir 4,5% em abril, diz Cmed

Reajuste é anual e leva em consideração a inflação do período medida pelo IPCA, que ficou em 4,5%.

O preço dos medicamentos no Brasil está prestes a sofrer um aumento de 4,5%, segundo projeções da indústria farmacêutica. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) deve oficializar o reajuste ainda nesta semana. O anúncio costuma ser feito no último dia útil de março, mas devido ao feriado da Semana Santa, pode ser antecipado para quinta-feira (28). O novo preço deve entrar em vigor a partir de 1º de abril.

O reajuste é anual e leva em consideração a inflação do período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses. Outros índices usados no cálculo, como a produtividade da indústria farmacêutica, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência no setor, foram estabelecidos como zero pela Cmed, em resolução anunciada em fevereiro.


Neste ano, não haverá distinção de aumento em três faixas (mercado mais competitivo, moderadamente concentrado e muito competitivo), como já ocorreu em outros anos. O aumento deve entrar em vigor em 1º de abril, após a publicação da resolução da Cmed no Diário Oficial da União. No entanto, o reajuste não é imediato, pois depende de cada farmácia e indústria farmacêutica.

Em termos numéricos, o aumento é o menor desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Naquele ano, o reajuste foi de 4,08%, mas ainda não havia sido impactado pela pandemia. Depois disso, foram dois anos seguidos de alta, chegando a atingir 10,89% em 2022, o maior patamar desde 2016.

No ano passado, o reajuste foi menor e caiu para 5,6%. A indústria farmacêutica e a Cmed continuam monitorando a situação, e os consumidores devem estar atentos às mudanças nos preços dos medicamentos a partir de 1º de abril.

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