O Brasil registrou um recorde de entrada de US$ 6,9 bilhões em 2023 por meio de turistas estrangeiros, superando até mesmo o ano da Copa do Mundo de Futebol da FIFA em 2014. Este aumento significativo está causando um impasse dentro do Governo Federal sobre a isenção de vistos para visitantes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, uma regra implementada em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.
A isenção de vistos, que facilitou a entrada de mais dólares no Brasil, está sendo contestada pela cúpula do Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty segue uma política de reciprocidade, na qual os países que exigem vistos para turistas brasileiros recebem o mesmo tratamento. Durante o governo Bolsonaro, concluiu-se que essa política limitava o turismo, especialmente de norte-americanos, que foram o segundo maior grupo de turistas no Brasil em 2023, atrás apenas dos argentinos.
No início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciado o fim da política de isenção de vistos para turistas dos EUA, Canadá e Austrália. No entanto, a tentativa não teve sucesso devido ao aumento da demanda de vistos desses países, que o corpo consular brasileiro não conseguiu atender.
Os dados do Banco Central divulgados em 5 de fevereiro de 2024 mostram que as despesas de estrangeiros em viagem ao Brasil somaram US$ 6,9 bilhões no ano passado, um aumento de 39,5% em comparação com 2022. O valor de 2023 representa um recorde nominal na série histórica, iniciada em 1995.
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