O Brasil aumentou sua dívida bruta em julho de 2023, chegando a 74,1% do valor de tudo o que o país produz em um ano (PIB). Esse foi o maior nível desde o início da série histórica, em 2006. A dívida bruta é o total que o governo deve a credores dentro e fora do território nacional.
A dívida bruta subiu de R$ 7,6 trilhões em junho para R$ 7,7 trilhões em julho, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (31). O aumento foi de 0,5 ponto percentual em relação ao PIB. A dívida bruta considera o Governo Federal, a Previdência Social e os governos estaduais e municipais.
O BC explicou que vários fatores contribuíram para essa elevação da dívida bruta, como os juros pagos pelo governo, as emissões de novos títulos públicos, a valorização do dólar no mês e a variação do PIB nominal.
Além da dívida bruta, o BC também informou que a dívida líquida do governo geral atingiu 59,6% do PIB (R$ 6,2 trilhões) em julho. A dívida líquida é a diferença entre o que o governo deve e o que tem a receber. O BC também informou que o setor público consolidado registrou um deficit primário de R$ 35,8 bilhões em julho, ou seja, gastou mais do que arrecadou. Em julho de 2022, o setor público tinha registrado um superavit primário de R$ 20,4 bilhões.
Ver todos os comentários | 0 |