O Governo Federal elevou nesta sexta-feira (21) de R$ 136,2 bilhões para R$ 145,4 bilhões a estimativa para o déficit primário de 2023. Esse é o resultado negativo das contas públicas sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.
Para cumprir o teto de gastos, que limita o aumento das despesas à inflação, o governo bloqueou R$ 1,5 bilhão do Orçamento. Esse é o segundo contingenciamento do ano. O primeiro foi de R$ 1,7 bilhão. No total, o governo cortou R$ 3,2 bilhões em seis meses.
Com o aumento do déficit previsto, a relação entre o rombo fiscal e o PIB (Produto Interno Bruto) passou de 1,3% para 1,4%. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) havia declarado em janeiro que queria reduzir essa proporção para menos de 1% do PIB em 2023.
A secretária do Tesouro Nacional, Viviane Braga, afirmou que a meta de Haddad continua válida. Ela disse que os próximos bimestres devem mostrar uma melhora nos resultados fiscais. O governo também diminuiu de R$ 2,367 trilhões para R$ 2,366 trilhões a previsão para as receitas primárias.
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