A dívida pública do Brasil está prevista para atingir 80% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A organização internacional também prevê que a dívida atingirá 90% do PIB em 2047 e poderá chegar a 100% em 2037 se não houver equilíbrio nas contas públicas após a implementação do marco fiscal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou em outubro suas dúvidas sobre a capacidade do país de cumprir a meta fiscal em 2024. Segundo o relatório da OCDE, a trajetória do endividamento do Brasil é “altamente sensível” à implementação da agenda de reformas. Em outubro deste ano, a dívida bruta do país já era de 74,7% do PIB.
Apesar do cenário de endividamento, o Brasil experimentou uma forte recuperação econômica em 2021 e 2022, com crescimentos do PIB de 4,8% e 3%, respectivamente. A OCDE prevê que o PIB brasileiro crescerá 3% em 2023 e 1,8% em 2024. O desemprego no país diminuiu para o nível mais baixo desde 2015, impulsionado por uma “forte expansão” no primeiro semestre de 2023.
A OCDE atribui o crescimento econômico do Brasil à demanda interna. No entanto, a organização prevê que o consumo privado e o investimento crescerão a um ritmo “mais moderado” em 2024 devido à política monetária mais contracionista no mundo.
Apesar da recuperação econômica dos últimos anos, o crescimento do Brasil tem sido inferior ao de outras economias emergentes, segundo a OCDE. A organização acredita que o aumento da produtividade e do investimento ajudará a aumentar a renda das famílias e a reduzir a pobreza e a desigualdade. Além disso, a inflação no Brasil recuou, principalmente devido à redução dos preços dos alimentos e da energia. O relatório destacou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem diminuído desde meados de 2022, com a redução de impostos sobre combustíveis.
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