Davi Fernandes
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um relatório nesta quinta-feira (14), projetando um crescimento de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Este crescimento é impulsionado principalmente pelo consumo das famílias e, em parte, pelo consumo do governo. No entanto, este crescimento é quase metade da projeção de 3% feita para 2023.
A CNI ressalta que o resultado positivo deste ano não marca o início de um novo ciclo de desenvolvimento. A avaliação é de que o PIB atual foi construído sobre fatores conjunturais excepcionais. Entre eles, destaca-se o expressivo crescimento do PIB da agropecuária e a queda dos investimentos produtivos.
Além disso, a CNI prevê que o cenário econômico internacional será pouco favorável, o que deve impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. O saldo recorde deste ano decorre dos volumes exportados de produtos agropecuários, principalmente soja e milho, e da indústria extrativa, em especial petróleo e minério de ferro.
Outro fator que poderá influenciar é o crescimento “modesto” das indústrias de transformação e de construção, com altas de 0,3% e 0,7%, respectivamente, em 2024. Segundo a instituição, a indústria de transformação continuará convivendo com cenários bastante heterogêneos entre os setores, devido à diferença entre a política monetária, que inibe a atividade econômica, e a política fiscal, que a estimula.
Ver todos os comentários | 0 |