A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta terça-feira, dia 30, que as contas do Governo Federal fecharam no azul em julho, com R$ 19,3 bilhões de superávit.
Considerando valores corrigidos pela inflação, o saldo, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi o melhor desempenho para o mês desde 2011, quando houve saldo de R$ 21,412 bilhões.
Já em termos nominais, o resultado foi o melhor da série histórica, iniciada em 1997. Em julho de 2021, o resultado havia sido negativo em R$ 19,520 bilhões. O superávit primário é registrado quando as receitas do governo superam as despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.
O resultado foi maior que as expectativas do mercado financeiro, que aposta em saldo positivo de R$ 17,6 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 19 instituições financeiras.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, o governo registrou superávit de R$ 73,088 bilhões, o melhor resultado desde 2012, considerando valores corrigidos pelo IPCA. Já em termos nominais, também foi recorde na série histórica. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo exatamente em R$ 73,088 bilhões.
Em julho, as receitas tiveram alta real de 8,7% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve alta de 15,1%. Já as despesas caíram 17,9% em julho, já descontada a inflação. No acumulado de 2022, a variação foi negativa em 1,9%.
Em 12 meses até julho, o Governo Central apresenta um superávit de R$ 115,6 bilhões - equivalente a 1,38% do PIB. A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões, mas a equipe econômica espera fechar o ano com um rombo de R$ 59,354 bilhões, conforme projeção divulgada no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.
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