O Ibovespa oscilou para o negativo em alguns momentos da sessão desta quarta-feria, 24, fazendo com que a referência da B3 perdesse fôlego e fechasse em leve alta de 0,04%, a 112.897,84 pontos, entre mínima de 112.632,28 e máxima de 113.887,75, saindo de abertura a 112.856,44 pontos. O resultado de ganhos pelo segundo dia vem após ter se descolado das perdas em Nova York e avançado 2,13% na sessão. Ao final dos negócios, o dólar ficou em R$ 5,1112, em alta de 0,24%.
Moderado, o giro ficou em R$ 24,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 1,26% e, no mês, 9,43% - no ano, a alta está em 7,70%. “Certa cautela deve permanecer nos próximos dias até o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no simpósio anual de Jackson Hole. O Brasil tem se mantido como bola da vez entre os emergentes, com volatilidade menor do que a dos pares”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
Na ponta do Ibovespa, CVC subiu 11,28% nesta quarta-feira, à frente de Magazine Luiza (+8,43%), Natura (+8,33%), Positivo (+8,09%), Minerva (+5,65%) e Hapvida (+5,27%). O índice de consumo fechou com ganho de 1,74%, enquanto o índice de materiais básicos, que concentra ações de commodities, teve retração de 1,82%. Na ponta perdedora do Ibovespa, destaque hoje para IRB (-5,19%), Usiminas (-3,60%), Suzano (-3,23%), Vale (-3,22%), Locaweb (-2,80%) e Bradespar (-2,45%).
Câmbio
Depois de uma manhã marcada pela instabilidade, o dólar firmou-se em leve alta no período da tarde, em parte alinhado ao cenário cauteloso no mercado internacional e em parte movido por uma pequena correção das baixas dos últimos dias. Profissionais do mercado de câmbio voltaram a mencionar fluxo positivo no dia, mas em menor proporção que a observada no início da semana.
Ao final dos negócios, o dólar à vista ficou em R$ 5,1112, em alta de 0,24%. No acumulado da semana, a divisa ainda contabiliza queda de 1,10%. Ao longo do dia, a cotação oscilou entre a mínima de R$ 5,0837 (-0,30%) e a máxima de R$ 5,1238 (+0,49%). No mercado futuro, o dólar para liquidação em setembro era negociado a R$ 5,1210 às 17h13, com valorização de 0,10%.
“A instabilidade mostrada mais cedo pelo dólar reflete o cenário de grande preocupação com o movimento de contração da economia americana, reforçado pela divulgação de resultados abaixo das estimativas nos Estados Unidos”, disse Bruna Centeno, especialista em renda fixa da Blue3.
Nesse ambiente de expectativas pela fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no seminário de Jackson Hole, ela destaca que nessa mesma sexta-feira será conhecido nos Estados Unidos o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de julho. “O índice de inflação será conhecido antes do discurso de Powell, o que dará mais peso às sinalizações do Fed e à formação de preços em torno disso”, disse.
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