Com os novos nomes para o Conselho de Administração da Petrobras em vias de serem aprovados, o governo avança nesta quarta-feira, 27, em mais uma ação em direção ao controle de preços da estatal, levando à reunião do órgão a proposta de mudanças na governança da decisão sobre reajustes, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
A ideia é tirar das mãos de três diretores, incluindo o presidente, o poder de bater o martelo sobre os reajustes, que na verdade obedecem um critério técnico para altas e baixas, feita pelas equipes da empresa, levando em conta o preço do petróleo, o câmbio e os custos de importação.
O Conselho se reúne na manhã desta quarta-feira para discutir a mudança e, segundo fontes, a aprovação já é dada como certa, assim como a eleição dos novos conselheiros na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) prevista para o dia 19 de agosto.
“Tudo passa por lá [pelo Conselho]. O servilismo é total”, disse uma fonte próxima ao assunto. Isso ocorre porque o governo tem a maioria dos votos.
O elevado preço dos combustíveis tem sido um ponto de tensão entre Petrobras e o presidente Jair Bolsonaro nesses três anos e meio de governo, porém a política de paridade de importação (PPI) não foi alterada, o que pode acontecer nesses últimos meses de gestão, segundo as fontes. A expectativa é de que os preços caiam mais e aliviem a inflação, numa tentativa de reeleger Bolsonaro por mais quatro anos.
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