O escritório de advocacia Lieff Cabraser Heimann & Bernstein está em busca de possíveis investidores que venderam ações e se sentiram lesados com a investida de Elon Musk de comprar o Twitter este ano. O prazo para se juntar à petição é até 12 de dezembro de 2022. A ação coletiva alega que Musk fez declarações falsas e/ou enganosas sobre sua aquisição do Twitter, incluindo avisos de rescisão que alegavam falsamente que o Twitter havia violado os termos do acordo. Musk concluiu a compra da rede social nesta quinta-feira, 27.
A ação coletiva de valores mobiliários foi ajuizada em nome de investidores que venderam ações do Twitter entre 13 de maio de 2022 a 4 de outubro de 2022. A alegação é que Musk sabia que não tinha razões legalmente justificáveis para encerrar a fusão e que ele fez declarações falsas sobre o término da fusão para reduzir o preço das ações do Twitter. E consequentemente pudesse negociar um preço mais baixo.
A ação também alega que o bilionário estava tentando adiar sua compra do Twitter para dar tempo das suas ações na Tesla se recuperarem. O que lhe permitiria vender menos ações para financiar a compra do Twitter. A ação foi movida em nome de investidores que venderam ações do Twitter a um preço deprimido.
Entenda a compra do Twitter pelo Elon Musk
A novela da compra do Twitter começou em 4 de abril, quando Musk divulgou a participação de 9,2% nas ações da companhia. Em 14 de abril ele fez uma oferta para adquirir a plataforma por US$ 44 bilhões, anunciando, no mesmo mês, que o acordo tinha sido fechado.
Em 6 de maio um grupo de acionistas contestou a compra e no dia 13 do mesmo mês foi anunciada a primeira suspensão das negociações. As ações caíram cerca de 20% antes da abertura da Bolsa, segundo a agência de notícias France Presse e Musk pediu para que sua equipe de advogados revisassem os números de bots na plataforma.
O conselho do Twitter recomendou a venda da plataforma por unanimidade no dia 21 de junho, pelos US$ 44 bilhões iniciais. No dia 8 de julho, em carta, Musk desistiu do acordo com o Twitter por não concordar com os números relacionados a contas falsas ou spams — o bilionário afirmou que, de acordo com investigação independente, o número de perfis inautênticos poderia chegar a 20%, o que o Twitter negou.
O recuo fez o Twitter entrar com um processo contra Musk na Corte de Delaware por violação de contrato e desistir da compra, e o julgamento estava, inicialmente, marcado para o dia 17 de outubro. Com a nova indicação de compra, porém, as audiências foram suspensas e a juíza responsável pelo caso, Kathaleen McCormick, deu o prazo de até 28 de outubro para o bilionário finalizar a compra.
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