O dólar opera em alta nesta quinta-feira, 13, após a divulgação dos dados sobre inflação nos Estados Unidos. A inflação dos EUA foi de 8,2% em setembro na comparação anual, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. O presidente americano, Joe Biden, afirmou que o resultado, que ficou acima das expectativas, mostra algum progresso na luta contra preços altos, mesmo que isso signifique “mais trabalho a fazer” para conter a escalada dos preços. Às 11h28, o dólar à vista subia 1,07%, a R$ 5,3285. O Ibovespa caía 1,53%, aos 113.075 pontos.
Os ativos domésticos são penalizados pela aposta de um Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) mais agressivo com aperto monetário nas próximas duas reuniões (novembro e dezembro) após a inflação ao consumidor nos EUA, medida pelo CPI, superar as estimativas em setembro. Dólar e juros, no entanto, já estão abaixo das máximas e o Ibovespa, acima das mínimas atingidas logo após o dado. Em Wall Street as bolsas também estão no vermelho, assim como a maioria das bolsas europeias.
“É possível que o Fed continue adotando alta firme, mas sem exageros, para amenizar o impacto do aperto monetário no crescimento americano e global. O medo de recessão é muito grande e o inverno no hemisfério norte pode piorar a crise de energia na Europa, principalmente na Alemanha, nutrindo as discussões sobre riscos de recessão”, afirmou o sócio-diretor da Pronto! Invest Vanei Nagem.
O economista Matheus Pizzani, da CM Capital, avalia que o CPI sugere um Fed “extremamente hawkish” (propenso a elevar juros) no futuro próximo.
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