Com forte alta na arrecadação de tributos, as contas do Governo Federal registraram em 2021 o menor déficit primário desde 2014. A diferença entre as receitas e as despesas (sem levar em conta os gastos com juros) ficou negativa em R$ 35,073 bilhões no ano passado, após um déficit de R$ 743,255 bilhões em 2020.
O rombo de 2021 é equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), após um déficit de 10,0% do PIB em 2020 para fazer frente à pandemia de covid-19. Esse é o menor patamar para as despesas desde 2014 (18,1% do PIB).
A meta fiscal do ano passado admitia um déficit primário de até R$ 247,118 bilhões nas contas do Governo Central.
O saldo - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, ficou positivo em R$ 13,824 bilhões em dezembro, o melhor desempenho para o mês desde 2013, quando houve superávit de R$ 23,093.
Em 2021, as receitas tiveram alta real de 21,6% em relação ao ano anterior. Já as despesas caíram 23,6% em 2021, já descontada a inflação.
Ao comentar o resultado, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que uma parte importante do ajuste das contas públicas foi o controle das despesa totais. Disse ainda ser preciso ter cuidado com o salários de servidores, pois o país ainda está em "guerra" em razão da pandemia.
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