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Economia e Negócios

Dívida pública subiu 12% em 2021, informa Tesouro Nacional

O resultado ficou dentro da meta do Governo Federal para a evolução do estoque no ano passado.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) - que engloba endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior - fechou o ano de 2021 em R$ 5,613 trilhões, aumento de 12% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Tesouro Nacional.

No ano passado, o crescimento foi de R$ 604 bilhões na dívida pública, menor do que o registrado no ano anterior, quando o endividamento teve uma alta recorde de R$ 761 bilhões impulsionado por gastos extraordinários elevados relacionados com a covid-19.


O resultado de 2021 ficou dentro da meta do governo para a evolução do estoque no ano passado, que ia de R$ 5,500 trilhões a R$ 5,800 trilhões.

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) fechou o ano em R$ 5,348 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) somou R$ 264,72 bilhões ao fim de 2021.

Após queda nos últimos anos, a fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública aumentou em 2021. De acordo com dados divulgados do Tesouro Nacional, a participação dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 9,24% no fim de 2020 para 10,56% no mês passado.

O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 564,97 bilhões em dezembro. No fim de 2020, estava em R$ 440,52 bilhões.

A maior participação no estoque da DPMFi ficou novamente com as instituições financeiras em 2021, com 29,45% ao fim de dezembro. Na sequência, os fundos de investimento elevaram a participação de 23,97%. O grupo Previdência fechou o ano com 21,74% do total e as seguradoras, 3,88%.

Colchão

O Tesouro Nacional encerrou 2021 com R$ 1,185 trilhão no chamado "colchão da dívida", a reserva de recursos feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O montante é 34,56% maior que o observado no fim de 2020 (R$ 881,28 bilhões).

A divulgação do valor exato do "colchão da dívida" foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.

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