A Câmara deve discutir nesta terça-feira, 20, requerimento de urgência para o projeto de lei que cria um novo marco postal e abre espaço para a privatização dos Correios.
A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momento. No Twitter, líderes da oposição se movimentam contra a proposta.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, por meio de sua conta no Twitter, que o tema é importante e que a discussão do tema está prevista para começar às 15h. Mas não há acordo entre as lideranças para aprovar o pedido, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
O projeto de privatização dos Correios foi entregue em mãos pelo presidente Jair Bolsonaro a Lira no dia 24 de fevereiro. Na semana passada, o governo incluiu a empresa no Plano Nacional de Desestatização (PND) por decreto, o que permite a contratação de estudos para privatizar a estatal.
A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Ministério da Economia, Martha Seillier, disse que o governo tem a intenção de vender o controle acionário da empresa, mas ainda não decidiu se vai se desfazer de 100% das ações ou se manterá participação minoritária.
A privatização dos Correios depende da aprovação de um projeto de lei de autoria do Executivo que permite que a iniciativa privada preste serviços que hoje apenas os Correios podem operar. A previsão, por ora, é que o leilão ocorra em 2022. Para que isso ocorra, o governo precisa que a proposta seja aprovada na Câmara e no Senado até agosto.
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