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Economia e Negócios

Economistas passam a prever inflação próxima de 4% neste ano no Brasil

Foi a nona semana seguida de aumento na projeção para o IPCA de 2021.

Os economistas do mercado financeiro elevaram pela nona semana consecutiva a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 8, pelo Banco Central, mostra que a projeção para o indicador este ano foi de alta de 3,87% para 3,98%. Há um mês, estava em 3,60%.

A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).


A projeção para o índice em 2022 permaneceu em 3,50%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%, a mesma estimativa para 2024.

A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Os economistas mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021, mas elevaram a aposta para 2022. Hoje, a Selic está em 2% ao ano, piso histórico. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic em 2021 permaneceu em 4% ao ano.

Para os economistas, o processo de alta dos juros básicos da economia, fixados pelo BC para controlar a inflação, começará na semana que vem, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa dos analistas dos bancos é de que a taxa passe de 2% para 2,5% ao ano neste mês.

No caso de 2022, a projeção passou de 5% para 5,50% ao ano. Para 2023, seguiu em 6%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.

Em janeiro, ao manter a Selic em 2% ao ano, o Copom preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado forward guidance (ou prescrição futura, na tradução do inglês).

Adotado em agosto de 2020, o forward guidance era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.

Sobre o comportamento da economia brasileira em 2021, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,29% para 3,26%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para 2022, o mercado baixou de 2,50% para 2,48% a estimativa de expansão do PIB.

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