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Economia e Negócios

Atividades turísticas caem 36,7% em 2020, aponta IBGE

Sob efeito da pandemia, o turismo fechou 397,1 mil postos formais de emprego no passado e ainda está 30% abaixo do nível pré-covid.

A pandemia de covid-19 fez as atividades turísticas perderem 36,7% em volume de serviços prestados em 2020 ante 2019, informou nesta quinta-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Com isso, o setor do turismo deixou de faturar R$ 261 bilhões em 2020, conforme cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Incluindo janeiro na conta, as perdas somam R$ 274 bilhões em 11 meses.

Os cálculos da CNC têm como base as informações do IBGE e dados sobre o fluxo de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos do País. Como consequência da crise, o setor do turismo fechou 397,1 mil postos formais de emprego ano passado, ainda segundo o estudo da CNC.


Em dezembro ante novembro de 2020, o índice de atividades turísticas, calculado pelo IBGE, apontou estabilidade, com variação nula. A estabilidade veio após sete meses seguidos de altas, período em que o índice de atividades turísticas acumulou ganho de 120,8%. Só que isso foi insuficiente para apagar as fortes perdas no auge da pandemia. As atividades turísticas ainda estão 30% abaixo do nível de atividade de fevereiro de 2020, antes da covid-19.

Segundo Rodrigo Lobo, gerente da PMS, os serviços de alimentação, como restaurantes, de hotelaria e de transporte de passageiros foram os mais afetados no setor do turismo. Em 2020, os 12 Estados investigados na PMS registraram queda no índice de atividades turísticas, com destaque para São Paulo (-40,0%) e Rio (-30,9%).

O estudo da CNC também aponta São Paulo e Rio como os mais prejudicados em termos de faturamento perdido. No acumulado até janeiro deste ano, a maior parte das perdas ficou com os Estados de São Paulo (R$ 99,18 bilhões) e Rio (R$ 42,04 bilhões).

No caso dos impactos no mercado de trabalho, as contas da CNC foram feitas com base no Caged, o cadastro de demissões e admissões de empregados formais do Ministério da Economia. As atividades que mais fecharam vagas foram bares e restaurantes (-211,1 mil), transporte rodoviário (-90,7 mil) e hotéis e similares (-56,5 mil).

“O turismo tem sido o conjunto de atividades econômicas mais atingido pela pandemia. Ao contrário do comércio e da indústria que já acusam níveis de atividade já acima daquele observado antes no início de 2020, o setor amarga perda de quase 30% em relação à geração média do volume de receitas do primeiro bimestre do ano passado”, diz o relatório do estudo da CNC, elaborado pelo economista Fábio Bentes.

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