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Economia e Negócios

Mais de 522 mil empresas fecharam na primeira quinzena de junho no Brasil

Número significa 39,4% das empresas fechadas no País no período, seja de forma temporária ou definitiva, segundo o IBGE.

A pandemia de covid-19 provocou, na primeira quinzena de junho, o fechamento de 39,4% das 1,3 milhão de empresas que haviam suspendido temporária ou definitivamente suas operações em todo o País. No total, foram 522,7 mil negócios encerrados no período. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do IBGE.

Entre as empresas fechadas por conta da pandemia, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte (tinham até 49 empregados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (de 50 a 499 empregados) e 110 de grande porte (mais de 500 empregados). Ainda entre as empresas com atividades encerradas por causa da pandemia, 258,5 mil (49,5%)eram do setor de serviços, 192,0 mil (36,7%) do comércio, 38,4 mil (7,4%) da construção e 33,7 mil (6,4%) da indústria.


Na primeira quinzena de junho, o País tinha cerca de 4 milhões de empresas, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo. Entre as que encerraram definitivamente suas atividades, independentemente do motivo, 715,1 mil ou 99,8% eram de pequeno porte, 1,2 mil (0,2%) eram intermediárias e nenhuma era de grande porte.

Entre os setores, os serviços tiveram a maior proporção de empresas encerradas em definitivo, 46,7% ou 334,3 mil, seguido por comércio (36,5% ou 261,6 mil), construção (9,6% ou 68,7 mil) e indústria (7,2% ou 51,7 mil).

Impacto negativo sobre os negócios

Na primeira quinzena de junho, entre as 2,744 milhões de empresas em funcionamento no Brasil, 70% informaram que a pandemia do novo coronavírus teve um impacto negativo sobre os negócios. Por outro lado, 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente, enquanto 13,6% relataram um impacto positivo.

A queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por 70,7% das empresas em funcionamento na primeira quinzena de junho em relação a março, quando começaram as medidas de isolamento para combater a disseminação do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, 17,9% disseram que o efeito da pandemia foi pequeno ou inexistente sobre as vendas, e outros 10,6% afirmaram que perceberam um aumento nas vendas com a covid-19.

O IBGE estimou que 1,2 milhão de empresas em funcionamento, ou uma fatia de 44,5%, adiaram o pagamento de impostos desde o início de março, sendo que 51,9% delas consideraram ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida.

Aproximadamente 347,7 mil empresas em funcionamento na primeira quinzena de junho, 12,7% delas, conseguiram crédito emergencial para pagamento da folha salarial desde o início da pandemia. Desse total, 67,7% consideraram ter tido apoio do governo na adoção dessa medida.

Cerca de 32,9% das companhias alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, o que inclui a mudança para serviços online, e 20,1% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços desde o início da pandemia.

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