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Economia e Negócios

Coronavírus: bolsas europeias fecham em queda de mais de 4,1%

As bolsas da Europa tiveram um pregão de robustas perdas, com todos os principais índices acionários dos continentes encerrando nas mínimas do dia.

As bolsas de Nova York seguem ampliando perdas nesta quinta-feira, 11, repercutindo o medo de que a curva de contaminação do coronavírus possa voltar a subir nos Estados Unidos. Referência para o mercado americano, o índice Dow Jones caía mais de 5% por volta das 14h. Entre as ações que mais peridam estavam a da fabricante aeronáutica Boeing, com tombo de 11,53% diante da falta de perspectiva sobre o setor de viagens e turismo.

As previsões de juros baixos por um longo tempo nos EUA também pressionam os bancos, com o Citigroup despencando 9,26%, o Morgan Stanley perdendo 9,33% e o Bank Of America desabando 7,56%. Os outros dois principais índices da Bolsa de Nova York – o S&P 500 e o tecnológico Nasdaq – recuavavam, respectivamente, 4,36% e 3,65%.


As bolsas da Europa tiveram um pregão de robustas perdas, com todos os principais índices acionários dos continentes encerrando nas mínimas do dia. As previsões pessimistas para a recuperação da economia global, reforçadas ontem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), pesaram sobre os negócios e o índice intercontinental Stoxx 600 fechou em baixa de 4,1%, aos 353,07 pontos.

Nesse cenário, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 3,99%, aos 6.076,70 pontos. A petroleira BP despencou 6,84%. Em Frankfurt, o DAX teve baixa de 4,47%, a 11.970,29 pontos. A ação da Lufthansa foi destaque negativo, com tombo de 9,09%, após a companhia aérea informar que cortará mais de 22 mil postos de trabalho, como resultado dos efeitos da pandemia no setor de aviação.

Após decisão de manter a taxa básica de juros inalterada, o presidente da autoridade monetária dos Estados Unidos, Jerome Powell, sinalizou que a trajetória para a retomada da atividade econômica ainda é muito incerta.

Toda essa incerteza se refletia no índice Ibovespa, o principal da Bolsa brasileira, a B3, que recuava 2,13, aos 94.685 pontos, por volta das 14h20.

Fed x Trump

Em comunicado, o Fed também se comprometeu a manter os juros na faixa atual (entre zero e 0,25%) por um longo tempo, mas não anunciou novas medidas. "Para o mercado alimentado apenas pela liquidez do Fed, a atitude de 'esperar para ver' do presidente Powell foi um amortecedor claro do sentimento dos investidores, empurrando os ativos de risco hoje para baixo", analisa o BK Asset Management.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Federal Reserve pelo Twitter, e acusou a instituição de estar "frequentemente errada". "Eu também vejo os números (econômicos) e eles são muito melhores que os deles", escreveu.

O comentário se refere à previsão da autoridade monetária americana, divulgada ontem, de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrará contração de 6,5% em 2020 e expansão de 5% em 2021. "Teremos um bom terceiro trimestre, um ótimo quarto trimestre, e um dos melhores anos da história em 2021", afirmou, acrescentando que, em breve, uma vacina e um medicamento eficaz contra o coronavírus estarão disponíveis.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo aprofundam perdas nesta tarde, com o WTI mais líquido mergulhando mais de 9%, com temores sobre uma segunda onda da pandemia de coronavírus, que poderia atrasar a recuperação da econômica. "A combinação de aumento de estoques de petróleo e um avanço nos casos confirmados de covid-19 reacendeu algumas das preocupações que causaram queda nos preços durante grande parte de março e abril", explica o analista Robbie Fraser, da Schneider Electric. Às 13h46, o WTI para julho caía 9,14%, a US$ 35,99.

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