O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda, 22, que a greve dos caminhoneiros está sendo tratada internamente pelo governo em reuniões que têm acontecido desde ontem. Segundo ele, há "informes de que estaria resolvido o caso”.
Bolsonaro afirmou ainda que soube pelas notícias que o ministro de Infraestrutrura, Tarcísio de Freitas, teria dito que revogaria a tabela do frete divulgada na quinta-feira passada. “Se ele revogou a nova tabela, a decisão é dele. Todo o nosso governo apoia as decisões tomadas nos limites dados ao ministro”, afirmou.
A resolução, que desagradou à categoria, estabelecia regras gerais, metodologia e coeficientes dos preços mínimos referentes ao quilômetro rodado. Havia sido aprovada após estudo técnico da Esalq-Log e processo de consulta pública e entra em vigor na sexta, 19.
Bolsonaro falou à imprensa após almoço com os Oficiais-Generais da Aeronáutica realizado no Ministério da Defesa. Ele afirmou que o ministro Tarcísio é o “homem da negociação”. E destacou que o governo tem monitorado a situação para se antecipar a problemas e tomar “decisões adequadas para o futuro do Brasil”.
Reunião
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) antecipou de 18h para 17h a reunião extraordinária de sua diretoria colegiada, marcada para esta segunda. Durante o encontro, os diretores irão deliberar sobre a suspensão da resolução da nova tabela de preços mínimos do frete rodoviário.
Mais cedo, o Ministério da Infraestrutura disse ter pedido formalmente à agência que revogue a última tabela do frete, editada na quinta-feira passada e que gerou uma nova onda de protestos dos caminhoneiros.
Na prática, por uma decisão cautelar, a tabela já está suspensa pelo ministro da pasta, Tarcísio Freitas. No entanto, oficialmente, a decisão é da ANTT. Na quarta-feira, haverá nova rodada de reuniões com representantes do setor e do governo para discutir o assunto.
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