O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 1,19% em junho, acelerando fortemente ante a taxa de 0,41% apurada em maio, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV), como reflexo dos problemas de oferta gerados pela greve dos caminhoneiros. A taxa foi mais alta para o mês da série histórica do indicador. Assim, o IPC-S acumula avanços de 3,00% no ano e de 4,43% em 12 meses, depois de 2,87% no período finalizado em maio.
O resultado mensal do IPC-S ficou abaixo da mediana de 1,23% da pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo de 1,13% a 1,35%.
Na comparação com a terceira quadrissemana de junho também houve avanço, já que a variação naquela leitura foi de 1,17%. No período, quatro das oito classes de despesas avançaram: Habitação (1,51% para 1,93%), Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,28%), Comunicação (0,22% para 0,32%) e Despesas Diversas (0,10% para 0,15%).
Já os segmentos que registraram desaceleração entre a terceira quadrissemana e a quarta medição de junho foram Alimentação (1,80% para 1,59%), Transportes (1,45% para 1,25%), Vestuário (0,73% para 0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,40%).
Influências
A aceleração do IPC-S da terceira quadrissemana de junho para a última medição do mês teve motivação principal do grupo Habitação devido ao aumento de tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 7,16% para 8,83%, segundo a FGV Em maio, o aumento fora de 0,41%.
O item, que também foi a maior influência individual de alta do indicador no período, está sendo majorado pela substituição da bandeira amarela - vigente em maio - para vermelha 2, que cobra R$ 5 a cada 100 kWh utilizados.
A gasolina também permaneceu entre os itens com maior contribuição para o avanço do IPC-S, embora já tenha começado a desacelerar na quarta quadrissemana, de 5,55% para 4,12%, provocando o arrefecimento em Transportes. A greve dos caminhoneiros ocorreu na última quadrissemana de maio e afetou a oferta do combustível nos postos.
Seguindo a lista de maiores influências individuais de alta, o leite tipo longa vida aparece em terceiro, com avanço de 8,24% para 12,77%. Depois, são listados condomínio residencial (2,19% para 2,65%) e plano e seguro de saúde (0,98% para 0,99%).
Nos outros grupos que registraram acréscimo nas taxas da terceira para a quarta leitura de junho, a FGV destacou o comportamento de salas de espetáculo (-0,70% para 0,15%) em Educação, Leitura e Recreação; mensalidade para TV por assinatura (0,17% para 0,54%) no segmento de Comunicação; e serviço religioso e funerário (0,24% para 0,62%) em Despesas Diversas.
Em contrapartida, hortaliças e legumes (10,88% para -1,90%) já começaram a desacelerar após o choque causado pela greve dos caminhoneiros e foram a principal influência para a desaceleração de Alimentação. Da mesma forma, roupas (0,82% para 0,26%) contribuíram para o alívio em Vestuário; e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,05% para -0,67%) ajudaram no arrefecimento de Saúde e Cuidados Pessoais.
As principais influências individuais de baixa no IPC-S da quarta quadrissemana de junho foram tomate (8,28% para -8,16%), perfume (-0,15% para -1,54%), cebola (6,80% para -4,72%), alface (0,01% para -3,81%) e tangerina (-5,29% para -7,62%).
Economia e Negócios
Índice de Preços ao Consumidor sobe 1,19% no mês de junho
Assim, o IPC-S acumula avanços de 3,00% no ano e de 4,43% em 12 meses, depois de 2,87% no período finalizado em maio.
Por Estadão Conteúdo
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