Estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que o comércio varejista brasileiro teve o pior ano da sua história em 2016. O setor bateu recorde de fechamento de lojas, de demissões e de queda nas vendas.
No total, 108,7 mil lojas formais encerraram as atividades no país no ano passado de 128 mil trabalhadores foram demitidos, descontadas as admissões do período. De acordo com informações do Estadão, o ano superou os resultados negativos de 2015 tanto na quantidade de lojas desativadas como em vagas fechadas. Em dois anos, o comércio encolheu mais de 200 mil lojas e quase 360 mil empregos diretos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Produtos são vendidos no Mercado Central
Segundo Fabio Bentes, economista da CNC e responsável pelo estudo, feito a partir de dados das empresas informantes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), “foram três recordes negativos em 2016”. O estudo da CNC mostra que de dez segmentos do varejo analisados, todos fecharam mais lojas do que abriram no ano passado. Depois dos hipermercados e supermercados, as lojas de artigos de vestuário e calçados foram as que mais sofreram com a crise.
Em 2016, 20,5 mil lojas de artigos de vestuário e calçados fecharam as portas no país, descontadas as inaugurações. A Lojas Marisa, por exemplo, fechou cinco lojas em 2016 e abriu uma. A direção da rede, que tem hoje quase 400 lojas, diz que avalia neste ano se vale a pena manter a operação de 20 pontos de venda.
Setores movidos a crédito, como revendas de automóveis, móveis e eletrônicos diminuíram o número de pontos de vendas. A Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, por exemplo, fechou 23 lojas de janeiro de 2015 a setembro de 2016.
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