O ministro da Educação, Mendonça Filho anunciou nesta quinta-feira (03), que a mudança de data da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 191 mil estudantes anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) custará R$ 12 milhões aos cofres públicos.
Os alunos terão a prova adiada para os dias 3 e 4 de dezembro. O custo de aplicação do exame anunciado em setembro pelo MEC é de R$ 788 milhões, o mais alto dos últimos cinco anos. Quando comparado ao ano passado, o valor médio por cada inscrito aumentou 44%, passando de R$ 63 para R$ 91.
O adiamento ocorreu devido a ocupação de estudantes nos locais onde seriam realizadas as provas. O MEC informou que os inscritos afetados pelas ocupações serão avisados por meio de SMS, e-mail e na página do participante, no site do Enem. A data de divulgação dos novos locais deve sair até sexta-feira (04).
- Foto: Chello/FramePhoto/Estadão ConteúdoMendonça Filho
Em entrevista à Rádio Estadão, o ministro criticou as ocupações e disse que houve uma politização do Enem. "Todos têm direito à opinião, mas a escola é um espaço público. Acho que você não pode impedir seu colega de ter acesso à educação". Ele disse ainda que partidos têm se aproveitado das ocupações. "Lamento o uso político de partidos políticos ligados ao PT, Psol, PCdoB, com seus braços sindicais e organizações estudantis tipo UNE e Ubes, que se utilizam desse tipo de situação para gerar ainda mais conflito dentro de um ambiente que exige um mínimo de cautela. Quem sai prejudicado é o estudante, que já está tenso, na expectativa de fazer a prova, se preparando, estudando".
O MEC informou ainda que a nova aplicação da prova será feita em tempo hábil para a utilização dos resultados do Sisu, Fies e Prouni e a mudança não deve afetar a data de divulgação dos resultados do exame, que está marcada para o dia 19 de janeiro.
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