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Economia e Negócios

Preço da cesta básica recua em 18 capitais brasileiras

Recuo generalizado de preços de alimentos não ocorria desde maio de 2007, quando o levantamento ainda era realizado em 16 cidades.

Os preços de produtos da cesta básica caíram em todas as 18 capitais acompanhadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a realização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Tomate e óleo de soja foram destaque de baixa na cesta básica. O tomate - vilão da inflação em abril - agora teve redução nas 18 localidades pesquisadas. O preço do óleo de soja baixou em 15 cidades. Somente o leite registrou alta em todas as capitais.

As maiores quedas registradas nos preços médios do conjunto de gêneros alimentícios essenciais foram registradas em Brasília (-8,8%), Florianópolis (-7,6%), Porto Alegre (-7%) e Goiânia (-7%). Já as menores variações ocorreram em Salvador (-0,1%), Vitória (-1,5%) e Manaus (-1,8%). Um recuo generalizado como este não ocorria desde maio de 2007, quando o levantamento ainda era realizado em 16 cidades.

Apesar do recuo de 3,82% em julho, o consumidor paulistano continuou pagando pela cesta mais cara do País (R$ 327,44). Vitória veio em segundo lugar, com R$ 310,73, seguida por Manaus (R$ 310,52) e Porto Alegre (R$ 305,91). Os menores valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 239,36), Salvador (R$ 259,73) e Campo Grande (R$ 264,87).

No acumulado do ano entre janeiro e julho, apenas Florianópolis apresentou recuo no preço da cesta (-2%). Nas demais 17 localidades houve alta, com destaque para as capitais do Nordeste, região que atravessa período de forte seca: Aracaju (17,3%), João Pessoa (15,8%), Salvador (14,3%), Natal (13,3%) e Recife (12,4%).

Salário mínimo

O Dieese, com base no custo da cesta de São Paulo e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que a remuneração mínima deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, calculou que, em julho, o salário mínimo nacional deveria ser de R$ 2.750,83 - ou 4,06 vezes o valor oficial em vigor, de R$ 678.


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