O Banco Central da China (PBOC, o banco central chinês) elevou neste domingo o compulsório em 0,50 ponto porcentual. A medida entra em vigor na quinta-feira, sendo a quarta elevação do tipo em 2011.
"Pequim não esperou muito para responder ao forte número da inflação da sexta-feira", notou o economista Brian Jackson, do Royal Bank of Canada, em nota. "A medida de hoje (domingo) sugere outro aumento nas taxas de juros a caminho para breve", avaliou.
A medida é tomada semanas após a última elevação na taxa de juros. Na sexta-feira, foi revelado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 5,4% em março no país a maior alta desde julho de 2008.
Um economista do UBS, Wang Tao, disse que uma grande quantidade de investimento estrangeiro no primeiro trimestre gerou mais liquidez, elevando a pressão para que o BC tomasse essa medida.
As reservas estrangeiras da China saltaram em US$ 197,4 bilhões no primeiro trimestre, chegando a US$ 3,0447 trilhões. Economistas dizem que isso é um provável sinal de grandes influxos de capital especulativo, buscando retornos com a valorização do yuan.
O presidente do PBOC, Zhou Xiaochuan, disse em entrevista à agência estatal Xinhua neste domingo que a política monetária seguirá "apropriadamente restrita" por algum tempo. A entrevista foi divulgada no site da agência estatal pouco antes do anúncio da elevação.
Ao forçar os bancos a terem mais depósitos em reserva, o BC deve enxugar 370 bilhões de yuans (US$ 56,6 bilhões) em liquidez, segundo cálculos da Dow Jones baseados em dados do BC sobre depósitos no final de fevereiro. As informações são da Dow Jones
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