O dólar sofreu uma queda de 0,36% durante esta quinta-feira (23), e encerrou o dia com a cotação abaixo do patamar de R$ 6 pelo segundo dia consecutivo. Com isso, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,925.
Esse índice é considerado o menor desde 27 de novembro de 2024, quando o dólar chegou a R$ 5,913. Desde então, a moeda entrou em uma ascendente após o Governo Federal anunciar o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Desde a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , nessa segunda-feira (20), o mercado financeiro internacional tem se movimentado diante das perspectivas econômicas para o segundo mandato do republicano.
Segundo o economista sênior do Inter, André Valério, a baixa do dólar foi alavancada pelo discurso do presidente norte-americano em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial. Na ocasião, Trump falou que os EUA iria garantir “benefícios fiscais” a quem quisesse produzir no país, caso contrário, teriam de pagar taxas. Ele ainda afirmou que irá exigir a queda da taxa de juros nos Estados Unidos e cortar impostos.
“Ele pretende aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos ao mesmo tempo, em que irá pressionar a Arábia Saudita para acompanhá-lo, numa tentativa de reduzir os preços de petróleo e, consequentemente, os custos de energia para o consumidor americano. Não é a primeira ameaça de uma intervenção política monetária por parte do governo Trump. Com isso, observou-se um enfraquecimento global do dólar, contribuindo para o alívio do real”, avaliou André Valério.
Juros no Brasil
Em contraste à queda do dólar, a Bolsa caiu 0,39% aos 122.483 pontos, ao mesmo passo em que os juros futuros fecharam em alta firme em diversos contratos.