O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento da economia brasileira para 2025, elevando a expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% para 2,5%. Essa revisão é atribuída aos ganhos de eficiência esperados com a reforma tributária e ao aumento na produção de petróleo e derivados. O relatório sugere que o crescimento pode ser ainda mais robusto se o Brasil investir em oportunidades de crescimento verde.

Apesar das boas notícias, o FMI alerta que ainda existem riscos significativos. A volatilidade dos preços das commodities (termo que corresponde a produtos básicos globais não industrializados, ou seja, matérias-primas) e a instabilidade financeira global são fatores que podem prejudicar a economia. Além disso, há incertezas sobre as medidas fiscais e a possível “descalibração da política monetária nas principais economias”, o que pode afetar a credibilidade política e aumentar os custos de crédito.

Entre os pontos positivos, o FMI destaca o sistema financeiro sólido do Brasil, as reservas cambiais adequadas, a baixa dependência da dívida cambial e a flexibilidade da taxa de câmbio. A reforma do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é vista como uma mudança que deve impulsionar a produtividade, criar empregos formais e melhorar a equidade tributária. Esses fatores são cruciais para manter a estabilidade econômica e incentivar o crescimento.

O documento do FMI também enfatiza a importância de garantir a sustentabilidade fiscal e a convergência contínua da inflação para a meta. Recomenda-se uma estrutura fiscal aprimorada com uma forte âncora fiscal de médio prazo para reforçar a sustentabilidade e a credibilidade do país. Além disso, os diretores executivos do FMI sugerem que oferecer ao Banco Central (BC) flexibilidade para cobrir despesas operacionais é essencial para o progresso em inovações tecnológicas.

Em resposta, o Ministério da Fazenda elogiou a revisão do FMI, destacando que a atualização confirma as expectativas divulgadas anteriormente em maio. A pasta vê a revisão como um sinal positivo para a economia brasileira, reforçando a confiança nas políticas econômicas em andamento.