As operadoras de planos de saúde no Brasil alcançaram um lucro líquido expressivo de R$ 3,33 bilhões no primeiro trimestre de 2024, marcando o melhor início de ano desde 2019. Esse resultado representa 3,93% da receita total do período, que ultrapassou os R$ 84 bilhões. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou esses números, destacando um desempenho econômico-financeiro robusto em todos os segmentos do setor.
O segmento odontológico registrou um lucro de R$ 187,9 milhões, enquanto as operadoras médico-hospitalares e as administradoras de benefícios lucraram R$ 3,07 bilhões e R$ 66,4 milhões, respectivamente. Notavelmente, as operadoras médico-hospitalares apresentaram um saldo positivo de R$ 1,9 bilhão em suas operações de assistência à saúde, um feito não observado desde o primeiro trimestre de 2021 e comparável aos níveis pré-pandemia.
Ainda que as taxas de juros estejam em queda, as operadoras médico-hospitalares viram uma contribuição significativa de suas aplicações financeiras para o lucro líquido total. Com um montante acumulado de R$ 115,4 bilhões até o final de março, o resultado financeiro positivo foi de R$ 2,3 bilhões, semelhante ao desempenho dos primeiros trimestres de 2022 e 2023.
Na análise por porte, as operadoras médico-hospitalares de grande porte foram as principais responsáveis pela recuperação do resultado líquido do setor, com um lucro de R$ 2,4 bilhões. Em contraste, as operadoras de médio porte tiveram uma redução de R$ 0,1 bilhão, enquanto as de pequeno porte dobraram seu lucro para R$ 0,1 bilhão, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Por fim, a sinistralidade, que mede a proporção das receitas de mensalidades utilizadas em despesas assistenciais, ficou em 82,5% no primeiro trimestre de 2024. Esse índice é 4,7 pontos percentuais menor que o do ano anterior.