O Governo Federal anunciou medida emergencial para enfrentar as consequências das chuvas no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção de arroz no estado. Com um crédito extraordinário de R$ 6,7 bilhões, os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, juntamente com o Ministério da Agricultura e Pecuária, terão recursos para adquirir até 1 milhão de tonelada de arroz estrangeiro.
O produto, que terá logotipo que mostra que é um produto importado, será vendido a um valor máximo de R$ 4 por quilo. Além do crédito extraordinário, o governo federal editou a medida provisória 1224/2024, que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a adquirir arroz importado. A iniciativa visa garantir o abastecimento do mercado interno e atenuar os impactos sociais e econômicos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da oferta nacional de arroz.
Os estoques de arroz adquiridos serão destinados à venda direta em mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados e atacarejos nas regiões metropolitanas. A venda será exclusivamente para o consumidor final. Além disso, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou as tarifas de importação para dois tipos de arroz não parboilizados (cru, não pré-cozido) e um tipo polido (branco com casca e farelo removidos).
Na terça-feira (21 de maio de 2024), a Conab suspendeu o leilão de compra de 104 mil toneladas de arroz beneficiado polido. Por outro lado, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) projeta que a safra gaúcha de arroz será suficiente para abastecer o Brasil, com uma estimativa de 7,149 milhões de toneladas. Esse número representa um recuo de apenas 1,25% em relação à safra anterior, que foi de 7,239 milhões de toneladas. O desafio agora é garantir o abastecimento e estabilizar os preços do arroz no país.