A inflação anual da Argentina atingiu um recorde de 32 anos, chegando a 160,9% em novembro, um aumento de 18,9 pontos percentuais em relação aos 142,7% registrados em outubro. A taxa mensal de novembro foi de 12,8%, a mais alta em 21 anos. Esses dados foram divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) três dias após a posse do novo presidente, Javier Milei .
Os setores que mais contribuíram para essa alta foram saúde (15,9%), alimentos e bebidas não alcóolicas (15,7%) e comunicação (15,2%). Esses números refletem o impacto da inflação na economia argentina, afetando diversos setores e elevando os custos para os consumidores.
Com a mudança de governo, o presidente Javier Milei decidiu manter Marco Lavagna como diretor do Indec. O Indec é o órgão responsável por divulgar dados econômicos e sociais do país, como inflação, taxa de desemprego e população. A decisão de Milei sinaliza uma continuidade na gestão desses importantes indicadores econômicos.
Na terça-feira (12 de dezembro), o novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, apresentou as novas “medidas de emergência econômica” a serem implementadas por Milei. As medidas incluem reduções nos gastos públicos e um aumento dos programas sociais, além da desvalorização do peso, a moeda argentina, em 54%. Essas ações têm como objetivo enfrentar a crise econômica e estabilizar a economia do país.