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Distrito Federal

Governo do DF edita novo decreto e lockdown vai vigorar até 15 de março

O decreto anterior, publicado nesta sexta-feira, 26, não definia o prazo para término das restrições.
Por Estadão Conteúdo

O governo do Distrito Federal editou novo decreto em que define prazo para o lockdown que terá início a zero hora deste domingo, 28, como medida para conter o avanço do novo coronavírus. Segundo o texto, todas as atividades de estabelecimentos comerciais deverão ser suspensos até o dia 15 de março. O decreto anterior, publicado nesta sexta-feira, 26, não definia o prazo para término das restrições.

Mais cedo, em entrevista após reunião com seu secretariado, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que "esse lockdown não é como foi no passado". Segundo ele, agora, havia um horizonte. "A gente precisa de um prazo de 15 dias para atender a população. Depois disso vamos para a segunda fase, que é a do fechamento das 20h às 5h, e aí até o mês de junho, julho, a gente deve sair de qualquer tipo de restrição", disse o governador.


Depois das críticas recebidas de diversos setores do DF, o governador também flexibilizou as medidas de restrição e ampliou a lista de exceção, incluindo novos setores que poderão funcionar normalmente.

Estão também liberados a abrir para atendimento, por exemplo, toda a cadeia do segmento de veículos automotores, agências bancárias, lotéricas, correspondentes bancários, call centers bancários, bancas de jornal e revistas, empresas de manutenção de equipamentos médicos e hospitalares, escritórios e profissionais autônomos, como de advocacia, contabilidade, lavanderias, cartórios, hotéis, óticas, papelarias, zoológico, parques ecológicos, recreativos, urbanos, vivenciais; órgãos públicos do DF que prestem atendimento à população, atividades industriais, sem atendimento ao público, atividades administrativas do Sistema S, cursos de formação de policiais e bombeiros.

Já estavam excluídos das restrições supermercados, hortifrutigranjeiros, mercearias, padarias, açougues, peixarias, postos de combustíveis, farmácias, hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, de fisioterapia, clínicas veterinárias, funerárias, lojas de conveniência e minimercados em postos de combustíveis exclusivamente para a venda de produtos; serviços de fornecimento de energia, água, esgoto, telefonia e coleta de lixo; toda a cadeia do segmento de construção civil; cultos, missas e rituais de qualquer credo ou religião.

Ficarão suspensos todos os serviços não essenciais, como cinema e teatro; escolas, universidades e faculdades das redes de ensino pública e privada; academias de esporte; museus; boates e casas noturnas; atendimento ao público em shoppings centers, feiras populares e clubes recreativos; estabelecimentos comerciais, de qualquer natureza, inclusive bares e restaurantes; salões de beleza, barbearias, esmalterias e centros estéticos; quiosques, foodtrucks e trailers de venda de refeições; comércio ambulante em geral. Nos shoppings centers ficam autorizados apenas o funcionamento de laboratórios, clínicas de saúde e farmácias e o serviço de delivery.

A medida no DF foi tomada após a ocupação dos leitos de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para pacientes com a covid-19 atingir 98% no fim da tarde desta sexta-feira. O governador Ibaneis informou neste sábado que já foram feitas tratativas com o Ministério da Saúde para que haja uma ampliação na oferta de UTIs no DF. "Até sexta-feira (5), temos condições de abrir mais 100 unidades de UTIs, o que vai nos dar um determinado conforto. Vamos baixar para 85% de ocupação", afirmou o governador.

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