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Brasília - Distrito Federal

Mãe denuncia creche “Casa do Candango” após filha ser mordida mais de 20 vezes

Mãe da criança procurou a PCDF após bullying sofrido por sua menina ser ignorado sistematicamente.

Uma mãe de 34 anos procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) nessa quarta-feira (16) para denunciar a creche “Casa do Candango”, localizada na Asa Sul, após sua filha voltar diversas vezes para casa com hematomas. A decisão de levar o caso à polícia foi motivada pelo último hematoma que a criança apresentou após ser deixada na creche, especialmente após a mãe solicitar repetidamente que a instituição adotasse medidas para proteger a integridade da menina.

Desde que ingressou no berçário em 2023, a criança foi mordida por colegas mais de 20 vezes. A mãe, que optou por não revelar sua identidade para proteger tanto sua privacidade quanto a da filha, informou que a coordenação da creche havia prometido a presença de uma monitora na sala de aula para acompanhar apenas a menina, mas essa medida nunca foi implementada.


Em entrevista ao Metrópoles, a mãe expressou a preocupação com o bullying que sua filha enfrenta: “Ela se queixa de que os colegas estão mordendo-a. Fala que isso é errado, chora... Às vezes, diz que está com medo e que não quer ir para aula”.

Em 2024, ocorreram pelo menos 12 episódios desse tipo, sendo dois apenas na última semana, em que a menina foi machucada nas mãos, braços e costas.

O que disse a secretaria

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) afirmou que a creche é uma instituição parceira e presta serviços ao Governo do Distrito Federal (GDF) por meio de um termo de colaboração. A SEEDF alegou não ter identificado qualquer registro na Ouvidoria do GDF sobre os incidentes e que a situação não foi comunicada oficialmente à Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Plano Piloto. A creche ainda não se pronunciou sobre o caso. A única ação em resposta às preocupações da mãe foi encaminhar o caso para a Comissão de Monitoramento e Avaliação das Parcerias (CMap) e emitir uma nota de repúdio ao Metrópole. “A SEEDF repudia qualquer forma de violência e reforça o compromisso com um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes”, declarou a secretaria.

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