O atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão , e o deputado federal (União-RJ), Chiquinho Brazão , acusados de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, foram transferidos de Brasília na manhã desta quarta-feira (27). Enquanto isso, o delegado Rivaldo Barbosa , acusado de interferir nas investigações, continua detido na Penitenciária Federal de Brasília, uma instituição de segurança máxima.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os locais para onde eles serão realocados não serão divulgados por razões de segurança. Os três indivíduos foram transportados do Rio de Janeiro para Brasília no domingo (25). Eles foram submetidos a exames no Instituto Médico Legal (IML), antes de serem realocados para a Penitenciária Federal da capital.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, foram alvos de mandados de prisão preventiva emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na segunda-feira (25), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade de 5 votos a 0, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que resultou na prisão de três indivíduos suspeitos de planejar e ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco.
A prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Congresso. Na terça-feira (26), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que foi feito um pedido de vista, ou seja, mais tempo para análise, e, portanto, a votação em plenário pode ser adiada para a segunda semana do mês de abril.