Thais Guimarães
O governador Wellington Dias e os demais governadores dos estados nordestinos acionaram a Justiça, através do Consórcio Nordeste, contra a empresa paulista Hempcare Pharma, a fim de reaver R$ 48,7 milhões pagos antecipadamente na compra de respiradores pulmonares. Os equipamentos não foram entregues, e a compra, realizada pelo Consórcio Nordeste, foi cancelada.
Dos nove estados nordestinos, oito iriam receber, cada um, 30 equipamentos, pelo valor de R$ 4.947.535,90. Já a Bahia receberia 60, pagando o dobro. Os respiradores são equipamentos essenciais no tratamento de pacientes em estágio mais avançado da covid-19, doença provocada pelo coronavírus.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Wellington Dias
De acordo com o Governo do Piauí, a compra foi realizada ainda em abril e os equipamentos seriam importados da China. Contudo, a Hempcare alegou que os equipamentos chineses apresentaram defeito de fábrica nas válvulas pneumáticas. A empresa ofereceu a entrega de equipamentos nacionais, que ainda dependem de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por conta disso, os governadores cancelaram a compra e exigiram o reembolso.
O processo instaurado corre em segredo de Justiça e foi movido pela Bahia, estado que preside o Consórcio Nordeste. A Justiça Federal da Bahia determinou o bloqueio das contas da Hempcare Pharma e dos sócios, além de outras empresas que estejam no nome deles.
Operação policial
Três pessoas foram presas nesta segunda-feira (01), durante operação da Polícia Civil da Bahia contra a empresa Hempcare. Duas prisões ocorreram em Brasília (DF) e uma no Rio de Janeiro (RJ).
Além das prisões, a operação policial cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Araraquara (SP).
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