O ex-governador Hugo Napoleão (PSD) afirmou ao GP1 na segunda-feira (11) que as medidas de isolamento social que estão sendo impostas para a população são necessárias durante a pandemia do novo coronavírus, apesar de afetar a economia do país.
Hugo Napoleão explicou que os gestores públicos estão preocupados em diminuir a disseminação da doença e que por isso as medidas de isolamento devem ser mantidas, entre elas a suspensão das atividades econômicas.
- Foto: Alef Leão/GP1Hugo Napoleão
“É claro que o presidente da república, os governadores de estado e os prefeitos não desejam absoluta e rigorosamente o mal da população. É claro que, da mesma maneira que nós estamos surpreendidos, sem termos um roteiro próprio a seguir, por não sermos médicos, o presidente, os governadores e os prefeitos também estão. Eles estão procurando fazer o melhor que podem e o que de melhor eles podem, que na realidade é recomendar essa situação do isolamento, que é triste, desagradável, para comércio, desfaz empregos, reduz a renda, mas evita mortes”, afirmou.
Hugo Napoleão citou como exemplo o Distrito Federal onde o “governador Ibaneis já adiou para a próxima segunda-feira [a abertura do comércio], porque chegou a conclusão, junto com o secretário de Saúde e os médicos, de que era mais plausível evitar mortes, do que [focar nos] empregos e a renda”.
Para o ex-governador, apesar do presidente Jair Bolsonaro ser a favor da abertura das atividades econômicas, é preciso levar em consideração o que está acontecendo no mundo, principalmente como em alguns países, a abertura do comércio gerou um aumento dos casos de infectados.
“Até o presidente já é um pouco ao contrário, por ele já começaria, mas ficou claro nos países onde houve isso, o recrudescimento a reaparição de casos do coronavírus, covid-19. Essa é minha avaliação, mas sujeita a revisões, isso tem que estar diariamente acompanhando. O que se deseja: abrir, o que não se deseja: morrer. Não sou médico, nem especialista, não tenho a capacidade senão da percepção daquilo que estou observando, não recomendo nem tenho autoridade, sou hoje um simples cidadão desprovido de qualquer mandato eletivo, estou dando a minha opinião, que é no sentido de se preservar vidas antes de se buscar lucros ou empregos”, defendeu.
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