Davi Fernandes
Após reunião nesta terça-feira (08) em Brasília-DF, entre governadores e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT-PI), afirmou que todos os estados do Brasil irão aplicar a vacina da covid-19 na população no mesmo período, seguindo um plano nacional.
Quando questionado sobre São Paulo, que vai iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro de 2021, o governador piauiense destacou também que nenhum estado irá realizar vacinação separadamente e que o Governo Federal vai garantir a logística para que as unidades federativas recebam as vacinas, proporcionalmente.
“Nós temos da parte do governo brasileiro, um compromisso assumido hoje, de que garantirá o número de doses necessárias para a 1ª parte e 2ª parte, será preciso em torno de 400 milhões de doses e isso está assegurado pelo governo brasileiro, o Congresso também garante os recursos. Com a reunião de hoje, o Governo Federal assume o compromisso de liderar a vacinação do Brasil. O Piauí está contemplado no plano de vacinação. Em resumo, pelo o que foi aprovado hoje, não haverá vacina para algum estado separadamente, haverá um plano uniforme para todos os estados”, disse.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Wellington Dias
Aprovações da Anvisa
Ainda segundo Dias, com a reunião, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passará a aprovar vacinas em 72 horas para que várias opções estejam disponíveis. “As vacinas terão uma aprovação célere, no máximo 72 horas, pela Anvisa e assim entram no portfólio de vacinação do Brasil. Ainda não temos uma data, mas com essa reunião de hoje tivemos um saldo positivo também. O Brasil tem um plano de vacinação e Governo Federal anuncia que está contratando a logística para a distribuição aos estados. Estão garantindo compras de seringas e materiais de proteção. A regra será para o país inteiro, ou seja, não haverá essa coisa de um estado está vacinando e outro não”, ressaltou.
Compra de 8,5 milhões de doses da Pfizer
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu começar a vacinação no Brasil no fim de fevereiro. Ele também disse que as primeiras 8,5 milhões de doses da Pfizer, de uma compra de 70 milhões, deve chegar ao País no primeiro semestre. Wellington pontuou que caso a aprovação da Anvisa ocorra, a vacinação poderá ser antecipada.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Governador Wellington Dias
“O que ficou acordado é que se teremos vacina dia 25 de janeiro para São Paulo, nós teremos na mesma proporção, vacina para as outras unidades da federação. A expectativa é que, com a compra do ministro [Pazuello] com a Pfizer, faltando apenas a aprovação da Anvisa e distribuição para o Brasil, a mesma situação ocorre se outras vacinas forem aprovadas. O nosso objetivo é ter o mais próximo possível a vacinação da demanda brasileira, tendo esse reconhecimento das vacinas mais cedo, nós podemos nos antecipar até antes mesmo do dia 25 de janeiro. Nossa expectativa é garantir a vacinação o mais cedo possível”, finalizou.
Plano de vacinação
Em esboço de plano nacional de imunização, divulgado na última semana, o Ministério da Saúde prevê começar a vacinar a população em março. Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros a receberam as doses, estima a pasta.
Segundo fontes que acompanham a discussão, Pazuello repetiu que SUS tem acordos para receber 300 milhões de doses em 2021, sendo 260 milhões de Oxford/AstraZeneca e mais cerca de 40 milhões obtidas por meio do consórcio Covax Facility.
As vacinas devem ser aplicadas em duas doses. A conta ignora possíveis compras da vacina da Pfizer ou da Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac.
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