A startup de biotecnologia fundada pelo brasileiro Luis Claudio de Souza, Virtech, com sede em Boston, desenvolveu uma solução à base de hemoglobina com oxigênio semelhante ao sangue. O projeto visa usar o produto para evitar choque hemorrágico em pacientes vítimas de traumas e para dar maior sobrevida aos órgãos doados para transplantes.
O governo dos Estados Unidos deu atenção ao projeto e fez um aporte de U$ 13 milhões (quase R$ 70 milhões) para impulsionar a pesquisa.
Os EUA se interessou pela possibilidade da solução evitar o choque hemorrágico, um problema que afeta os militares em combate ou civis que sofrem traumas, como acidentes de automóvel. Nesses casos, normalmente a hemorragia costuma ser a principal causa de morte, visto que, é comum não haver tempo suficiente para transfusão.
As pesquisas até o momento, mostram que a solução injetada no organismo como substituto temporário do sangue aumenta o tempo para a vítima chegar no hospital e realizar uma transfusão.
A captação de recursos com o Pentágono já alocou US$4 milhões nos últimos dois anos e aplicará o restante no decorrer do projeto, que recebeu ajuda de Dallas Hack, médico militar americano que esteve nas guerras do Afeganistão e Iraque e, após aposentadoria do serviço militar, em 2015 se dedicou às pesquisas em biotecnologia.
A expectativa é que o projeto seja usado para transplantes no mercado entre 2023 e 2024. No caso de choque hemorrágico, requer mais alguns anos de pesquisa. O trabalho deve ser realizado na Argentina, em hospitais pré-credenciados pela FDA, a “Anvisa” dos EUA.
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